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sábado, 30 de setembro de 2023

Governo com grupo de trabalho para avaliar corredor logístico Sines-Badajoz


O Governo criou um grupo de trabalho que vai, até 31 de Dezembro, efectuar a avaliação do corredor logístico Sines-Badajoz, identificar eventuais constrangimentos do projecto e apresentar uma proposta de extensão da plataforma logística da cidade espanhola para o nosso país

O despacho através de um despacho conjunto dos ministérios das Infraestruturas, Coesão Territorial e Agricultura e Alimentação, publicado na quinta-feira em DR - Diário da República, criou o respectivo grupo.

O grupo foi designado de “Grupo de Trabalho – Extensão da Plataforma Logística do Sudoeste Europeu”, e vai “avaliar a concretização dos objetivos” do projecto do Corredor Atlântico Logístico Sines-Badajoz (Calsiba), dentro do contexto do desenvolvimento regional.

Outro dos objectivos do grupo é: “Identificar os constrangimentos nas cadeias de distribuição de mercadorias que utilizam os portos de Sines, de Lisboa e de Setúbal para a exportação e importação de produtos da Estremadura espanhola e do Alentejo” e fazer a apresentação de uma proposta de extensão da Plataforma Logística de Badajoz, da parte nacional, que inclua recomendações sobre melhorias a considerar futuramente uma balança de equilíbrio nas dinâmicas de desenvolvimento entre o Alentejo e a Extremadura espanhola.

O grupo de trabalho é constituído por representantes dos gabinetes do ministro das Infraestruturas e dos secretários de Estado do Desenvolvimento Regional, que coordena, e da Agricultura, sendo que 3lementos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, das administrações dos Portos de Sines e do Algarve, dos Portos de Setúbal e Sesimbra e do Porto de Lisboa e da Câmara de Elvas também fazem parte do grupo de trabalho.

Portugal é o 3° país europeu que mais perdeu ferrovia.


Segundo avançou o Público, (que citou um estudo da organização ambientalista Greenpeace), a rede ferroviária portuguesa encolheu 18% entre 1995 e 2018. Este foi a terceira maior diminuição entre o grupo de países que inclui a União Europeia (UE) a 27, o Reino Unido, Noruega e a Suíça.

Em contraponto com esta queda, a rede rodoviária nacional cresceu imenso nessa mesma janela cronológica, tendo o estudo da Greenpeace indicado que entre 1995-2018, a rede de estradas e autoestradas nacionais cresceu 2.378 km, ou seja, 346%, colocando Portugal também em terceiro lugar entre os países onde a rede rodoviária mais aumentou, ficando somente atrás de espanhóis e franceses.

Como resultado óbvio, existiu uma redução significativa no serviço de transporte de passageiros pela ferrovia em Portugal. Oito linhas foram encerradas e uma extensão de 460 km de linha foi desactivada, o que levou a que uma estimativa de 100.000 cidadãos perdesse transporte por comboio.

No plano global europeu, a extensão total da rede ferroviária europeia diminuiu em 6,5% (15.650 km) entre 1995 e 2020.

João Galamba admite atrasos na Ferrovia, mas nega desinvestimento

 


O ministro das Infraestruturas reconhece que há atrasos em obras na ferrovia, mas nega qualquer corte no investimento ferroviário. João Galamba diz que todos os projectos que estão em curso vão ser concretizados.

As linhas do Centro de Comando Operacional da Infraestruturas de Portugal, que João Galamba visitou pela primeira vez, acompanham a circulação ferroviária em tempo real. É aqui que o ministro ouve que 29 segundos já é considerado atraso, apesar de só ao fim de cinco minutos se entender como relevante.

“Os projectos não serão feitos com a rapidez que todos pretendíamos"

A aposta na ferrovia está espelhada pelo país, diz João Galamba que admite que existem atrasos superiores ao tempo de espera pelos comboios, mas nega qualquer desinvestimento.

“Os projectos em si serão feitos, não serão feitos com a rapidez que todos pretendíamos (…) Temos acompanhado muito perto, quer em diálogo com a IP, quer com os empreiteiros, na tentativa obviamente que estas obras sejam realizadas o mais rapidamente possível, mas não há aqui nenhuma redução da ambição no investimento, nenhum abandono de nenhum projecto de investimento", insistiu, sublinhando que o todo o investimento previsto na ferrovia "é para executar".

O ministro garante que a tutela continua a acreditar que as obras na linha da Beira Alta estarão concluídas a 12 de novembro. No entanto, esclarece que os equipamentos “para que a linha esteja operacional” apenas chegarão em 2024.

APEF desagradada com aumento da Taxa de Infraestrutura na Ferrovia.

 


A APEF – Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias manifestou a sua “enorme surpresa”, após o governo ter anunciado a implementação de uma medida que determina a redução de 30% nas portagens para a rodovia e simultaneamente o aumento de 23% na taxa de infraestruturas para os comboios de mercadorias.

De acordo com as declarações de Miguel Rebelo de Sousa, , Director-Executivo da APEF: “Não estávamos à espera que o governo voltasse a optar por mais um apoio directo ao transporte rodoviário de mercadorias, quando verificamos que para o transporte ferroviário o governo português decidiu aumentar o custo da taxa de uso da infraestrutura em mais de 23% em 2024, o que vai aumentar de forma clara a competitividade da rodovia face à ferrovia”. O responsável em questão afirmou ainda que é uma “total contradição” com os objectivos estabelecidos para descarbonizar o sector.

A APEF salientou que o sector tem sido “bastante afectado” pela enorme subida dos custos energéticos e dos combustíveis, que estão de certa forma, colocar entraves na competitividade da ferrovia e do transporte ferroviário de mercadorias no país.

Miguel Rebelo de Sousa afirmou ainda que: “a APEF tem vindo a alertar constantemente para a necessidade de medidas estratégicas que garantam aos operadores ferroviários continuarem a sua actividade de forma competitiva. Constatamos que nada tem sido feito, muito pelo contrário. Apenas exigimos um tratamento equitativo por parte do governo e não queremos ser prejudicados em desfavor de outros sectores, mas esta redução é um apoio directo ao transporte rodoviário”.

Sob forma de alerta, também indicou que: “o governo e a União Europeia estão a fazer um investimento brutal no desenvolvimento das infraestruturas ferroviárias, no entanto, estamos a correr o risco de, com estes apoios à rodovia, em alguns anos termos linhas novas e modernizadas, mas não termos comboios de mercadorias a circular nelas”.

Terceira via sobre o Tejo com parte ferroviária.

O Governo decidiu construir a ponte que fará a terceira travessia do Tejo em Lisboa (TTT) entre Chelas e o Barreiro. A ponte será simultanea...