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domingo, 28 de abril de 2024

Transporte de combustível via ferrovia Aveiro – Sines da Prio baixa pegada carbónica


A PRIO iniciou o transporte de combustíveis líquidos por via-férrea, entre o Porto de Aveiro e Sines.

O Terminal de Granéis Líquidos recebeu o primeiro de dois comboios do novo serviço regular de distribuição de biocombustível, no dia 18 de abril, inaugurado pela PRIO.

O transporte vai permitir retirar todos os meses, dezenas de camiões das estradas, segundo o comunicado.

O novo serviço irá decorrer de forma regular, todos os meses, entre Aveiro e Sines. “Este primeiro serviço ferroviário foi concluído no dia seguinte e consistiu no total de dois comboios carregados com 720 toneladas de biocombustível cada, produzido a partir de resíduos no complexo PRIO Novas Energias situado no Porto de Aveiro”, refere a mesma nota.

Luís Nunes, Director da Prio Supply frisou que a empresa tem “procurado inovar e descarbonizar em todas as etapas da cadeia de abastecimento, da fase de produção até à entrega do produto final aos clientes”.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

O comboio "vintage" a energia solar.


Comboio que funciona a energia solar? Sim!

Podia ser um comboio com uma visão futurista, mas não.Encontra-se na Austrália, este comboio vintage, que tem como plataforma base, um comboio dos anos 40, que desde 2017 percorre uma antiga linha em Nova Gales do Sul.

O comboio em plenas condições faz uma viagem de dez minutos, para cada lado, ao longo de três quilómetros. O bilhete custa quatro dólares (2,4 euros) para uma viagem ou oito dólares (4,8 euros), ida e volta.

Foi uma iniciativa da empresa The Byron Bay Company, para além de restaurar os dois veículos da composição, recuperaram a linha, que estava sem uso. Os veículos em questão era os antigos New South Wales Government Railways 600 Class, com os números 661 e 726, construídos em Sydney em 1949 pela Chullora Railway Workshops, num total de 20 unidades (dez conjuntos de dois veículos), sendo que estes dois são os únicos operacionais. 

Para a construção da carroçaria foi utilizado alumínio, de modo a baixar o peso, montado num chassis de aço. Para a propulsão, foram montados dois motores GM Detroit Diesel 6/71 de seis cilindros e 7,0 litros de cilindrada, com 165 cv cada. Acoplado ao motor estava uma caixa hidráulica Allison TCLA 655.

Os dois veículos, 661 e 726, deixaram de ser utilizados em 1991 e 1994 e, em 1995, foram deixados ao abandono na Lithgow State Mine Railway. Após o restauro, em 2015, o comboio fazia viagens turísticas, até aparecer a ideia de o converter a energia solar. De origem, o comboio estava equipado com dois motores diesel.

A Byron Bay Railroad Company, foi fundada em 2014 e trabalhou persistentemente para conseguir as verbas necessárias, para a reestruturação dos três quilómetros da linha e a 16 de Dezembro de 2017, o serviço foi oficialmente aberto.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Iniciativa Luso-Alemã 'Ferrovia em Portugal'


A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, juntamente com a Germany Trade & Invest do Ministério Federal Alemão da Economia e Ação Climática, organizaram um simpósio em Portugal, com a participação de várias empresas alemãs e portuguesas do sector ferroviário. 

O objectivo de juntar stakeholders portugueses e alemães foi abordar as oportunidades que Portugal apresenta no sector ferroviário e potenciar parcerias para implementar na Europa.

O simpósio integrou várias intervenções institucionais e técnicas sobre as realidades ferroviárias em Portugal e na Alemanha, e encerrou com uma intervenção do Presidente da IP, Miguel Cruz, denominada 'Alta Velocidade Ferroviária em Portugal - Um Projeto Transformador'. 

Seguiram-se várias reuniões bilaterais, onde foi possível conhecer soluções inovadoras e sustentáveis que contribuem para a eficiência da gestão das infraestruturas ferroviárias, e que potenciam fortemente a mobilidade ferroviária de pessoas e mercadorias.

Com uma importante componente de networking, a iniciativa teve o apoio da IP, da Plataforma Ferroviária Portuguesa e da CP, bem como das entidades alemães VDB (Associação da Indústria Ferroviária Alemã), VDEI (Associação dos Engenheiros Ferroviários Alemães), UEEIV (União das Associações Europeias de Engenheiros Ferroviários), tendo contado com cerca de um centena de participantes.

domingo, 14 de abril de 2024

Modernização da Linha de Leixões custa 32M€ até 2027

A IP – Infraestruturas de Portugal divulgou o valor dedicado à modernização da Linha de Leixões para mercadorias: 32 milhões de euros. O valor da empreitada será repartido pelos anos de 2025 (4 milhões), 2026 (16,8 milhões) e 2027 (11,2 milhões).

Segundo o despacho do Conselho de Administração da entidade pública, esta delibera “proceder ao lançamento do procedimento pré-contratual necessário à contratação da execução”.

Este investimento enquadra-se no Programa de Melhoria em Terminais Multimodais do Programa Nacional de Investimentos 2030, e será integrada numa futura candidatura no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 da União Europeia. 

A fiscalização da empreitada terá um custo de até 3,8 milhões de euros.

A IP avança que “as intervenções preconizadas para a Linha de Leixões visam atingir o objetivo do aumento de capacidade de tráfego para comboios de mercadorias até 750 metros, através da renovação da infraestrutura e aumento do comprimento útil de linhas de resguardo nas estações de Contumil, São Mamede de Infesta, e reformulação dos feixes de recepção/expedição do Terminal de Leixões”.

sábado, 13 de abril de 2024

Exportações na ferrovia reforçadas com aliança industrial luso-britânica.


As principais associações ferroviárias de Portugal e do Reino Unido fecharam uma parceria para reforçar a cooperação. Esta aliança luso-britânica pretende ajudar a aumentar o potencial de exportação ferroviária de cada país.

A Plataforma Ferroviária Portuguesa (PFP) e a congénere britânica Railway Industry Association (RIA) anunciaram esta parceria no âmbito da visita a Portugal, realizada esta semana, de uma delegação de comércio ferroviário britânico, composta por 16 empresas.

A aliança prevê a troca de informações em várias áreas, como investigação e desenvolvimento; partilha das melhores práticas; a coordenação em feiras comerciais, exposições ferroviárias e eventos do setor em Portugal, no Reino Unido ou noutros locais; e o acesso a instalações para reuniões nos escritórios da PFP ou da RIA por membros de qualquer uma das organizações.

O memorando de entendimento foi assinado na residência do Embaixador Britânico em Lisboa e pretende fomentar uma maior cooperação e colaboração entre as duas associações industriais. Esta parceria irá ainda permitir que as duas associações trabalhem mais estreitamente, beneficiando os membros de ambas as organizações e ajudando a aumentar o potencial de exportação ferroviária de cada país, refere em comunicado.

“Esta cooperação irá alargar a partilha de conhecimento ferroviário e abrirá oportunidades de negócio mútuas entre os nossos membros associados, não só em ambos os países, mas também em terceiros, como a Commonwealth e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)”, salienta João Figueiredo, presidente da Plataforma Ferroviária Portuguesa.

Já Darren Caplan, líder da Railway Industry Association, nota que o acordo vai beneficiar os membros de ambas as organizações através do intercâmbio de conhecimento e experiência entre os dois países. “No Reino Unido, as exportações ferroviárias desempenham um papel vital para ajudar a aumentar o crescimento e aumentar a resiliência da cadeia de abastecimento. Esperamos trabalhar com os nossos colegas da PFP para maximizar o potencial de exportação entre as nossas respetivas indústrias ferroviárias”, acrescenta.

“Somos parceiros comerciais há séculos e espero que este memorando reforce a colaboração entre as indústrias ferroviárias britânica e portuguesa, concretizando projetos em Portugal, no Reino Unido e noutros locais, contribuindo para a prosperidade das nossas duas nações”, referiu Lisa Bandari, embaixadora britânica em Portugal.

Medidas do Governo para a ferrovia: “Propostas são primeiro passo importante” afirma a APEF.


Depois de apresentado, na passada quarta-feira, o programa de Governo do executivo liderado por Luís Montenegro, a APEF – Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias, emitiu ontem, um comunicado onde se mostra satisfeita com as medidas previstas no documento para o transporte ferroviário de mercadorias, afirmando estar na expectativa para conhecer, a breve prazo, mais detalhes sobre as propostas agora anunciadas.

Segundo nota enviada às redações, no entender da APEF, estas medidas são o caminho para melhorar a competitividade da ferrovia, com o objectivo de equilibrar a concorrência entre os diferentes modos de transporte e no âmbito da política europeia da sustentabilidade ambiental.

De acordo com o Director-executivo da APEF, Miguel Rebelo de Sousa, “as propostas do novo Governo são um primeiro passo importante e esperamos que outras se sigam no futuro contribuindo, deste modo, para atingirmos os objectivos de descarbonização com os quais Portugal se comprometeu, permitindo assim uma significativa redução das emissões de CO2, para benefício de todos”.

Miguel Rebelo de Sousa destaca, entre as várias medidas anunciadas, a promoção da transferência modal das mercadorias para a ferrovia, corrigindo os desequilíbrios na taxação da infraestrutura e a respectiva revisão da Taxa de Uso da Infraestrutura, eliminando a distorção existente relativa à rodovia: “é fundamental avançar-se imediatamente com esta revisão e terá de existir uma convergência com a Taxa de Uso espanhola, de modo a sermos competitivos no espaço ibérico, uma vez que o valor da taxa espanhola é oito vezes menor àquela que é praticada em Portugal”.

Sobre as outras propostas do Governo para o sector, como a adopção de mecanismos de incentivo à modernização e interoperabilidade do transporte de mercadorias e a eliminação de custos de contexto, nomeadamente, limitações na formação de pessoal e das condições de operação, a APEF salienta que são medidas genéricas que é preciso detalhar.

"Existem custos de contexto que penalizam a competitividade do transporte ferroviário de mercadorias. Por exemplo, é preciso liberalizar a compra de energia elétrica para a ferrovia, que continua a ser feita pela IP e não pelos operadores; e corrigir o erro do Decreto-Lei 84/2022, que obriga os operadores ferroviários a utilizarem 75% da energia que consomem com origem em fontes de energia renovável a partir de 2025, situação que não ocorre em mais nenhum sector”, termina o responsável da APEF.

Porto de Setúbal: Electrificação dos acessos ferroviários aos Terminais Portuários.


O concurso público para a eletrificação do “last mile” ferroviário, de acesso aos terminais portuários do Porto de Setúbal, já foi lançado e irá permitir reduzir os constrangimentos existentes na ligação dos terminais à rede ferroviária nacional. 

Esta obra compreende a eletrificação dos ramais e canais de acesso aos terminais, facilitando a etapa final do transporte (last mile) e a reformulação do layout ferroviário para permitir manobras entre o porto e o complexo de mercadorias de Praias do Sado.

O investimento será de 17,5 milhões de euros, o prazo para apresentação de propostas decorre até 1 de julho e o período previsto para a realização dos trabalhos é de 420 dias.

A empreitada agora a concurso faz parte do Projecto Rail2Green, que está a ser desenvolvido pela APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, em conjunto com a IP – Infraestruturas de Portugal, e abrange um conjunto de intervenções que vão garantir melhorias operacionais e de segurança, permitindo ainda a recepção/expedição e circulação de composições com 750 metros e o aumento do volume de mercadorias transportadas por ferrovia com origem/destino no Porto de Setúbal.

De acordo com o Presidente da APSS, Carlos Correia, «Designámos este projecto com marca Rail2Green, este é um dos projectos estruturantes que está a ser desenvolvido pelo Porto de Setúbal, no âmbito da nossa estratégia “Hub2Green”, e que tem como principal objectivo transformar o porto num “hub” económico de desenvolvimento sustentável na cidade, na região e no País. 

A eletrificação do “last mile” ferroviário vai possibilitar a melhoria das acessibilidades ferroviárias à zona central do porto, a descarbonização do interface ferroviário e o aumento da capacidade de recepção de comboios. Irá também, diminuir os tempos da operação ferroviária e obter uma maior eficiência das condições de operação com segurança e sustentabilidade, naquele que é já o segundo porto nacional que mais comboios movimenta».

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Linha do Oeste sem comboios entre Meleças e Torres Vedras durante quatro meses

 

A linha do Oeste estará encerrada entre Meleças e Torres Vedras para tentar ganhar tempo após os atrasos nas obras de modernização que decorrem, que assim poderão decorrer sem a passagem dos comboios.

A empreitada de Modernização compreende a execução dos seguintes trabalhos:

. Construção de desvios ativos, para cruzamento de comboios, com uma extensão de 16 km, o Desvio Ativo 1 entre a estação de Mira Sintra-Meleças e o apeadeiro da Pedra Furada e o Desvio Ativo 2 entre a estação da Malveira e o Pk 44+300;

. Electrificação integral do troço no sistema 2 x 25KV / 50 HZ;

. Estabilização de taludes e construção de muros de suporte;

. Benefeciação em cinco estações e seis apeadeiros, com o alteamento de plataformas e a criação de acessos para pessoas com mobilidade condicionada;

. Construção de uma subestação de tração elétrica em Runa e postos autotransformadores;

. Automatização e supressão de Passagens de Nível;

. Construção de nove passagens desniveladas;

. Reabilitação estrutural do túnel da Sapataria e rebaixamento da plataforma ferroviária para colocação de catenária nos tuneis de Sapataria, Boiaca, Cabaço e Certã;

. Instalação do Sistema Eletrónica, Telecomunicações e GSM-R;

. Instalação do Sistema de Retorno de Corrente de Tração e Terras de Protecção.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Governo propõe medidas para a Ferrovia.


Novo governo, diferentes estratégias. O novo Governo de Luís Montenegro apresentou medidas para o sector ferroviário, que se encontram na proposta de Programa de Governo para a Legislatura apresentada na Assembleia da República. Aqui ficam:

. Criar um novo modelo de exploração no transporte ferroviário de passageiros, descentralizando a gestão dos serviços de transporte de natureza eminentemente local, bem como reduzindo substancialmente as barreiras a entrada de novos concorrentes:

. Impulsionar o transporte ferroviário de mercadorias, o que passa por:

. Rever a aplicação da Taxa de Uso da Infraestrutura para comboios de mercadorias, eliminando a distorção existente relativamente ao transporte rodoviário;

. Adoptar mecanismos de incentivo à modernização e interoperabilidade do transporte de mercadorias;

. Eliminar custos de contexto, nomeadamente, limitações na formação de pessoal e das condições de operação;

. Promover uma nova relação entre o transporte ferroviário e os passageiros, nomeadamente:

. Aprovar um regime legal de defesa dos direitos dos clientes/passageiros, efetivo e transversal a todo o transporte público (rodoviário, ferroviário e marítimo/fluvial);

. Renovar a imagem do transporte público junto dos passageiros, recuperando a confiança perdida.

CMA CGM e GTS Rail internacionalizam-se com nova joint venture

Um dos "big players" do Shipping, o armador francês CMA CGM e a operadora italiana ferroviária GTS Rail estão estabelecendo uma nova joint venture dnominada European Container Network para levar  a sua colaboração a um nível internacional. As duas empresas já cooperam em Itália, especialmente a partir do porto de Génova.

Com esta nova iniciativa, a GTS Rail pretende expandir a sua rede aos portos europeus, especialmente ao longo do eixo Reno-Alpino, afirmou um porta-voz da empresa . “A Joint Venture está numa fase inicial, mas o projecto é desenvolver uma rede europeia”, afirmaram.

Para isso, a GTS Rail está trabalhando na obtenção de certificações para operar em diversos países do Velho Continente. Já tem um para a Suíça e espera conseguir mais antes do final do ano. 

Quando isto acontecer, a empresa não terá mais de depender de parceiros externos para fornecer tracção ferroviária fora das fronteiras italianas. Dado que a GTS Rail é bastante activa no porto de Génova, o porta-voz sublinhou a importância do Terzo Valico, a nova ferrovia que liga o porto ao Corredor Reno Alpino RTE-T, que deverá estar pronta por volta de 2025.

Aliança Ibérica pela Ferrovia quer "Mundial pelo Clima" em 2030


"Um Mundial pelo Clima" é o nome da iniciativa, que será hoje apresentada em Lisboa e em Barcelona, tendo em conta que, em 2030, Portugal, Espanha e Marrocos serão os anfitriões da competição.

Uma das propostas é a criação de "bilhetes verdes", um passe para os jogos, com transporte ferroviário incluído e outros transportes públicos para as deslocações dentro das cidades, a um preço inferior ao do "bilhete castanho", por opsição, sem transporte incluído, disse à agência Lusa Acácio Pires, dirigente da associação Zero, que integra a Aliança Ibérica.

A travessia para Marrocos seria feita por via marítima, evitando-se sempre o transporte em avião, acrescentou.

"Para já, como parte da Aliança, faremos as diligências necessárias junto das federações em Portugal e em Espanha, mas é também necessário o envolvimento dos governos", defendeu Acácio Pires.

Os próximos mundiais, sustentou, devem atingir objetivos concretos para a neutralidade carbónica: "É necessário que contem menos com as compensações de emissões e mais com reduções efetivas".

Uma forma de alcançar os objetivos climáticos é reduzir emissões no setor dos transportes, sublinhou. A intervenção na forma como as pessoas se deslocam para as cidades é considerada fundamental.

"Além das federações nacionais e dos bilhetes verdes, procuramos chamar a atenção da FIFA (Federação Internacional de Futebol) para agir de forma responsável", acrescentou.

A Aliança espera que o novo Governo avance com os investimentos já previstos na ferrovia e que lance a nova ligação Lisboa-Madrid, em alta velocidade, reclamada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Isabel Damasceno assume importância estratégia da ferrovia directa a Salamanca.


A Comissão de Coordenação Regional do Centro afirma que a ligação directa do Porto de Aveiro às redes europeias de transporte ferroviário continua a figurar nos documentos estratégicos que orientam o desenvolvimento regional.

A Presidente da CCDR Centro, Isabel Damasceno discursou no aniversário da abertura da barra do porto de Aveiro e não escondeu que a economia regional está muito dependente da acção dos portos de Aveiro e da Figueira e que a competitividade dos portos depende, de forma directa, dessa capacidade de fazer a ligação ao centro da Europa.

Numa primeira fase e no curto prazo, a presidente da CCDRC fala na melhoria da articulação com a linha do norte e daí para a linha da Beira Alta em fase de modernização.

Mas sem esquecer que o futuro vai depender de uma ligação em alta velocidade capaz de unir Aveiro – Viseu – Guarda e Salamanca.


domingo, 7 de abril de 2024

Ferrovia 2020 - Eletrificação da Linha do Algarve


Foram realizados trabalhos junto à Estação de Alcantarilha, no âmbito da empreitada de eletrificação do troço Tunes -Lagos, pela IP - Infraestruturas de Portugal

Uma intervenção desenvolvida no âmbito do programa de modernização da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia 2020, cofinanciado pela União Europeia.

A electrificação integral da Linha do Algarve assegurará grandes benefícios ao nível da segurança, eficiência, qualidade de serviço e sustentabilidade ambiental. 

A operação, integralmente com recurso a material circulante eléctrico, permitirá a utilização de composições mais modernas, confortáveis e rápidas, reduzindo em 25 minutos o tempo de percurso entre Lagos e Vila Real de Sto. António.

Japão: Manteram estação aberta para uma menina ir estudar.


Esta história não é nova, mas revela a importância de um meio de transporte no impacto positivo numa pessoa.

No Japão, uma empresa ferroviária decidiu manter uma estação de comboio funcionando para atender um único utilizador: a então adolescente Kana Harada, de Shirataki, uma zona que então tinha 36 residentes, e que dependia do comboio para ir e voltar de sua escola. A estação era Kami-Shitataki.

Naquela altura, em meados da década passada, a empresa Japan Railways preparava-se para fechar a estação Kyu-shirataki, no norte do país, por causa da falta de passageiros.

No entanto, a companhia percebeu que a linha estava sendo usada por essa estudante e, então, decidiu manter a estação aberta até que a jovem acabasse os estudos. Além da estudante, outros alunos utilizam esse comboio, só que eles utilizavam outras estações adjacentes.

Foi exactamente isso que aconteceu: A linha encerrou as operações em março de 2016, data que coincidiu com o finalizar dos estudos. Antes de se formar, ela levava cinco minutos para ir até a estação, de onde pegava o comboio para ir para a escola.

Muitos divergem sobre os factos da história (Apesar de real). Aqui realçamos a questão do impacto do transporte na vida de alguém.

30M€ para melhorar a Linha do Minho de Nine a Viana

A IP - Infraestruturas de Portugal deu autorização para o investimento que ronda os 30 milhões de euros para melhorar a Linha do Minho, entre Nine e Viana do Castelo.

O despacho publicado prevê um investimento escalonado até 2029, resultando de uma delegação de competências em dezembro de 2023.

Esta empreitada da insere-se no Programa Nacional de Investimentos 2030.

A modernização anterior da linha, com um custo total de 86 milhões de euros, foi parcialmente financiada pelo programa Compete 2020.

A eletrificação dos troços Nine-Viana do Castelo e Viana do Castelo-Valença, realizada em 2019 e 2021, respectivamente, contribuiu para melhorar a operação, segurança e reduzir tempos de percurso.

O comboio Celta, que liga o Porto a Vigo desde 2013, continuará a operar com viagens diárias, apesar das linhas electrificadas em diferentes potências.

"Esta melhoria na infraestrutura visa beneficiar a eurorregião Galiza - Norte de Portugal, composta por 6,4 milhões de habitantes", afirma.

Linha de Cascais continua condicionada duas semanas após incêndio em subestação


A circulação ferroviária na Linha de Cascais continua condicionada e sem prazo para ser normalizada, duas semanas depois do incêndio na subestação lisboeta do Cais do Sodré, disse à agência Lusa fonte da IP - Infraestrutura de Portugal.

Devido a um incêndio ocorrido em 19 de março na subestação eléctrica do Cais do Sodré, causado por uma manobra de cablagem no âmbito de obras no Metropolitano de Lisboa, a circulação ferroviária esteve suspensa entre as 08:00 e as 18:40 entre as estações do Cais do Sodré (Lisboa) e de Algés (Oeiras).

Desde essa data, a circulação de comboios na Linha de Cascais mantém-se condicionada, com oferta mais reduzida e paragens em todas as estações, segundo confirmou à Lusa fonte da CP - Comboios de Portugal.

A mesma fonte adiantou que neste momento circulam seis comboios durante a hora de ponta e três por hora fora deste perído.

Numa resposta escrita enviada à Lusa, fonte da IP indicou que ainda não existe uma previsão para o inicio de uma intervenção que permita normalizar a circulação na Linha de Cascais.

As causas do incêndio, segundo explicou a mesma fonte, "não estão relacionadas com as obras de modernização da Linha de Cascais, que se encontram em curso, nem prejudicam o normal decurso destes trabalhos, que decorrem nesta fase entre os concelhos de Oeiras e Cascais".

"A avaliação preliminar realizada apurou que durante os trabalhos no âmbito da empreitada de construção dos troços entre a futura estação [do Metropolitano de] Santos e o término da estação Cais do Sodré (linha Circular) ocorreu um curto-circuito proveniente de uma manobra de cablagem, que subsequentemente causou a deflagração de incêndio na Subestação de Tração do Cais do Sodré, que foi prontamente extinto com meios próprios", refere a IP.

Ainda segundo a mesma fonte, "o Metropolitano de Lisboa já decidiu a abertura de inquérito para averiguação do incidente e das suas causas".

No dia do incidente, numa nota divulgada na rede social Facebook, o Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa revelou ter recebido um alerta às 08:08 para "muito fumo na subestação do Cais do Sodré, com corte imediato das linhas entre o Cais do Sodré e Alcântara", tendo o incêndio sido dado como extinto às 08:53.

Cerca de 500 pessoas tiveram de ser retiradas pelos operacionais de dois comboios, um no sentido Lisboa-Algés e outro no sentido Algés-Lisboa.

Segundo os Sapadores, foram ainda retirados cerca de 30 passageiros de um comboio que teve de parar em frente à antiga FIL, no sentido Algés-Lisboa.

Protótipo de comboio movido a hidrogénio já circula na Linha do Minho


O comboio a hidrogénio que circula no Norte fará testes durante esta semana, adiantou à Lusa a IP - Infraestruturas de Portugal,  detalhando que o protótipo visa obter uma prestação idêntica a um veículo a gasóleo, mas sem emissões poluentes.

"No decorrer desta semana estão a ser realizados testes de circulação na Linha do Minho com um comboio movido a hidrogénio", confirmou à Lusa fonte oficial da IP.

De acordo com a mesma fonte, os testes "são promovidos no âmbito do projecto europeu FCH2RAIL, que tem como objectivo o desenvolvimento de um veículo protótipo ferroviário movido a hidrogénio, com financiamento de fundos europeus através do programa H2020 - CLEANH2".

"O projecto abrange a concepção e construção de um veículo protótipo inovador e a realização dos testes necessários à sua validação e aprovação", segundo a IP.

De acordo com o gestor ferroviário nacional, "o objectivo é alcançar um veículo com zero emissões e desempenho operacional competitivo com os actuais comboios movidos a diesel, tanto em veículos novos como em reabilitados".

A IP integra o consórcio de empresas de quatro países europeus (Espanha, Bélgica, Alemanha e Portugal) liderado pela DLR e que integra a CAF, Renfe, Toyota Motor Europe, Adif, CNH2 e Stemann.

Foto: Rodrigo Carvalho.

Espanha: “Se houvesse assim tanta procura, os comboios noturnos seriam viáveis”


Apesar de um novo governo, o ministro espanhol dos Transportes não espera mudanças no empenho de Portugal relativamente à alta velocidade. Óscar Puente garante que os países ibéricos têm boas relações ferroviárias, em entrevista ao Dinheiro Vivo.

Óscar Puente nasceu em 1968 em Valladolid. É o ministro espanhol dos Transportes e da Mobilidade desde novembro do ano passado. Foi presidente da Câmara de Valladolid entre 2015 e junho de 2023. O antigo “alcalde” sabe da importância do comboio nas ligações transfronteiriças: Valladolid foi uma das estações do Sud Express até março de 2020, quando o serviço ferroviário entre Lisboa e Hendaye (na fronteira com França) foi suspenso unilateralmente pela Renfe, que alugava o material circulante. A empresa pública ferroviária espanhola também era a parceira da CP no comboio Lusitânia, entre Lisboa e Madrid, que partilhava o percurso com o Sud Express até Medina del Campo.

Quatro anos depois, Óscar Puente põe de parte o regresso das ligações ferroviárias noturnas entre os dois países, algo singular na atual realidade europeia, onde estão a ser recuperadas ou criados comboios noturnos. O ministro espanhol está mais focado nas ligações de alta velocidade, sobretudo com Vigo, e espera reunir-se em breve com o novo homólogo português, Miguel Pinto Luz. Apesar de o ministro ser do PSD, Óscar Puente não esperar mudanças no empenho português para a ferrovia.

Anunciou que iria falar com o homólogo francês sobre relações ferroviárias transfronteiriças à margem da cimeira de ministros dos Transportes em Bruxelas. Quando vai falar com as autoridades portuguesas?

Há muito pouco tempo tive uma reunião com o embaixador de Portugal em Espanha. Na semana passada, estive em Portugal para um encontro com o embaixador de Espanha em Portugal. Ficámos à espera da formação do novo governo português para marcarmos uma reunião.

O novo ministro das Infraestruturas é Miguel Pinto Luz, do PSD. Esperam alguma mudança na estratégia do lado português?

Espero que não haja mudanças. A relação com Portugal tem sido muito boa até agora. Por isso, sinto maior necessidade de falar com França porque é mais complicado. Portugal e Espanha têm muitos objetivos e projetos comuns.

A Renfe e a CP continuam a ser parceiras ferroviárias ou a Renfe vai passar a fazer sozinha os serviços com Portugal?

Temos de ver isso. Depende do nível de liberalização da rede ferroviária portuguesa. A Renfe é uma empresa que está a crescer a nível internacional e onde tem oportunidade de operar, assim o vai fazer.

Admite o regresso dos comboios noturnos caso haja financiamento público?

Os comboios noturnos têm dois problemas: perdem dinheiro, pelo que necessitam de um apoio público; a nível operacional, a manutenção da maior parte da rede ferroviária é feita durante a noite, tornando difícil conjugar esses trabalhos com a realização desses comboios. Acho que as pessoas que defendem os comboios noturnos fazem mais barulho do que realmente representam. Se houvesse assim tanta procura, então os comboios noturnos seriam viáveis e economicamente realizáveis. Só que não há procura suficiente.

Tem novidades da ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo? Do lado português, a construção não deve ficar pronta antes de 2032.

Vamos ver se agora é dado um impulso nesse projeto. Há quatro importantes ligações transfronteiriças ferroviárias, para Vigo [via Porto], Salamanca [via Guarda], Badajoz [via Elvas] e Huelva [via Faro]. Esta última ainda não está no mapa do corredor Atlântico transeuropeu. Para mim, Portugal sempre teve maior interesse em fazer a ligação ferroviária com Espanha por Porto e Vigo. Portugal deve fazer um esforço nesse corredor. Em Espanha, estamos a trabalhar na saída sul de Vigo. Atempadamente, iremos fazer a nossa parte. Mas não me comprometo com prazos.


sábado, 6 de abril de 2024

Adaptação da estação de Aveiro para alta velocidade vai custar 440 mil€.



A IP - Infraestruturas de Portugal autorizou uma despesa de 440 mil euros para adaptar a estação ferroviária de Aveiro à linha de alta velocidade, de acordo com um despacho publicado em Diário da República.

Segundo o despacho, a IP lançou o procedimento pré-contratual para a adaptação da estação de Aveiro à linha de alta velocidade ferroviária, que ligará Lisboa ao Porto, com paragens possíveis em Leiria, Coimbra, Aveiro e Vila Nova de Gaia.

A adaptação terá um custo de 440 mil euros, com encargos previstos de 407 mil euros em 2025, 16.500 em 2026 e 16.500 em 2027. Os valores não gastos podem transitar para os anos seguintes.

O comboio de alta velocidade chegará à actual estação de Aveiro, na Linha do Norte, através de ligações à futura linha de alta velocidade situadas a norte e a sul da cidade.

A linha de alta velocidade vai ligar as duas principais cidades do país, permitindo ligações directas com cerca de uma hora e 15 minutos de duração.

A primeira fase (Porto-Soure) deverá estar pronta em 2030, com possibilidade de ligação à Linha do Norte e encurtando de imediato o tempo de viagem, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa posteriormente, assegurada via Linha do Norte.

Mecanismo Interligar Europa atribuiu 26 mil milhões à ferrovia em 10 anos

De acordo com os dados prestados pela Comissão Europeia, relacionado com a iniciativa 'Connecting Europe Days', o objectivo  prioritário deste mecanismo europeu recai sobre o desenvolvimento da rede transeuropeia de transportes, nomeadamente, para ajudar nos "estrangulamentos transfronteiriços", as ligações tanto a portos como a aeroportos e o desenvolvimento de terminais ferroviários e rodoviários.

No que concerne a Portugal, o apoio serviu para o estudo para a ligação ferroviária de alta velocidade Lisboa-Porto e para a linha ferroviária Évora-Caia. Já num nível global europeu, uma contribuição de 800 milhões de euros para a ligação Lyon-Turim ou a "linha Báltica", com 2.500 milhões de euros.

No total, através deste mecanismo, foram construídos ou modernizados mais de 5.700 quilómetros (km) de linhas ferroviárias, actualizadas mais de 250 estações, melhorada a ligação ferroviária a cerca de 60 portos, 25 terminais ferroviários ou rodoviários e a 20 aeroportos, o que revela uma aposta da revitalização e expansão das linhas ferroviárias.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Faro aprova manifestação de apoio institucional à criação de ferrovia entre o Algarve e Andaluzia


A Câmara Municipal de Faro aprovou, por unanimidade, em reunião de Câmara no passado dia 23 de março, uma manifestação de apoio institucional ao avanço da linha ferroviária de alta velocidade entre Faro, Huelva e Sevilha.

“Os vínculos históricos, comerciais e emotivos que unem as duas regiões; as localizações geográficas do Algarve e da Andaluzia relativamente ao centro económico europeu, que as coloca em posição favorável para estabelecer ligações entre Europa e África e América Latina; a necessidade desta infraestrutura para consolidar e acompanhar o seu desenvolvimento, a par dos já existentes equipamentos hoteleiros e industriais, permitindo uma conexão transfronteiriça atualmente inexistente e que, com a alta velocidade, será motor e impulso para o crescimento, foram alguns dos motivos que justificaram a aprovação desta manifestação de apoio da autarquia farense”, avança em comunicado.

Do mesmo modo, o Executivo autárquico teve em consideração que esta não é uma reivindicação apenas da governança, mas também dos empresários e agentes sociais das duas regiões e que, sendo prioridade da União Europeia a sua coesão territorial, em particular as periféricas, um projeto de uma linha de alta velocidade que ligue Faro, Huelva e Sevilha deve contar com o apoio político e financeiro da União Europeia.

Terceira via sobre o Tejo com parte ferroviária.

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