De acordo com o ECO, a Comissária Europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, defendeu uma valorização da ferrovia na Eurorregião Norte de Portugal - Galiza, para lhe dar “alguma consistência interna”, aproveitando as potencialidades da região.
Dando o seu próprio exemplo da viagem feita esta semana de
Bruxelas para a Galiza, em que teve de aterrar no Porto e depois seguir de
carro para o encontro anual Interreg (em Santiago de Compostela), bem como de
outras que costuma fazer para o Porto, a comissária observou que nos voos “vêm
imensos galegos que apanham um carro e vêm para a Galiza” por falta de
alternativa.
“Continua a haver apoios para as grandes redes transeuropeias, neste caso há que equacionar também as ligações por comboio, por via férrea”, salientou a comissária, antiga ministra do Ambiente e do Planeamento. Elisa Ferreira assinalou que “neste momento, para fazer qualquer viagem em Espanha, em França ou em Itália, não se anda praticamente de avião, são as linhas férreas que estão a fazer isso”.
No caso regional de Portugal e da Galiza, Elisa Ferreira entende que “há necessidade de pensar, também, a Eurorregião […] de uma forma integrada e de uma forma a dar-lhe alguma consistência interna”, para que “toda a dinâmica e toda a potencialidade, mesmo industrial, económica, agrícola, marítima, piscatória que aqui existe, possa vingar num contexto europeu que, de facto, se vira cada vez mais para leste”.
“Há que pensar as coisas de alguma forma, estrategicamente”, observou, rejeitando a ideia de que “os fundos estruturais, depois de tantos anos de apoio, façam estradas”. “Está-se a tentar apoiar cada vez mais a investigação, a transferência de conhecimento para as empresas, a instalação de empresas mais viradas para a frente, mais tecnológicas”, vincou a comissária.
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