Foi ontem, na Assembleia da República, que o presidente do conselho de administração da Medway, Carlos Vasconcelos, afirmou que basta ser introduzida e aprovada a taxa sobre os comboios em Sines, para que os portos de Lisboa, de Setúbal e de Leixões apliquem igualmente uma taxa equivalente.
Preocupação essa também demonstrada por Álvaro Fonseca, Director-Geral da Takargo, que também esteve presente numa audição, tendo afirmado que "Preocupa-nos que isto seja o princípio de uma política que depois se generalize aos portos nacionais", sendo que "esta prática gerenalizada a outros portos, nomeadamente Lisboa e Leixões, vai-se traduzir diretamente numa transferência modal para o camião", afirmando que " a distância e a disponibilidade de meios faz com que seja muito mais fácil a migração e vamos perder quota modal. Vamos ter muito mais camiões na estrada e ter uma política contrária aos milhões que estamos a investir na infraestrutura ferroviária".
Álvaro Fonseca finalizou, afirmando que: "Vemos este tema como relevante, sobretudo pela política seguida e pelo que pode significar como práticas também para outros portos a nível nacional e de tarifação que pode surgir para a ferrovia".
Carlos Vasconcelos na audição, lamentou que a taxa para a ferrovia tenha um aumento de 24% enquanto as portagens descem 30%, afirmando que "o país é um bocado esquizofrénico" quando o que se pretende é incentivar a transferência do transporte rodoviário para o ferroviário por questões de sustentabilidade ambiental.
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