As taxas sobre o carbono andam a aumentar, o que faz aumentar também as dificuldades nacionais no que concerne às mercadorias, devido ao facto de não existir desenhado um enorme e devidamente preparado hub ferroviário para contrapor estas medidas proteccionistas de Bruxelas.
Sendo um mundo, um mercado global, onde as discrepâncias a nível de custos, tanto de produção como de mão de obra são mensuráveis, taxas como a de carbono, quando aplicadas por exemplo, num ecossistema ferroviário, pode fazer pender a balança de forma negativa, nas decisões das empresas, como dos consumidores.
Apesar de alguns investimentos anunciados, e outros detalhes concretizados no nosso país, a falta de ligação a destinos como a Madrid por exemplo, ou até à França, somos prejudicados devido a questão da “bitola ibérica”, mais estreita do que o padrão europeu, e que em parte nos isola do mercado europeu.
Este "calcanhar de aquiles", juntamente ( e principalmente), com a falta de uma infraestrutura ferroviária forte, capaz de dar capacidade de resposta, leva a enormes constrangimentos, como por exemplo no escoamento de mercadorias dos portos, ou para a organização logística de áreas como automóvel e dos plásticos.
Tivesse sido a aposta passada no ferroviário, ao invés do rodoviário, não estaríamos certamente a passar as dificuldades actuais. Estamos muito atrasado em relação a parceiros/concorrentes, e corremos claramente atrás do prejuízo.
A contínua aposta, não somente de "fazer por fazer", mas sim em ganhos de custos de gestão, de eficácia em proporcionar diferenças significativas, e de abrir a concorrência saudável e sustentável, ao invés de um modelo monopolista, é o caminho para recuperarmos tempo e potencializar o que este país produz.
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